Alanderson Santos do Amor Divino
Dois rapazes negros entraram em um banco e sentaram-se ao lado de uma moça branca. A moça, com a cara de nojo sussurra baixinho:
— Vou sair deste lugar, para não me juntar com esses negros sujos ao meu redor.
Um dos rapazes a ouviu falando sobre eles, levantou-se ... chegou perto da moça, tocou-a no ombro, chamando-a:
— Ei, moça.
— Por favor, não me toque.
Ela passou a mão no lugar em que o rapaz tocou e disse
— Que nojo!!!
Com raiva, o rapaz disse:
— Olha senhora, sou negro sim, e sujo não sou Você acha que, só porque sou negro, não posso andar arrumado?!
— Apenas não quero me juntar com gente do seu tipo.
— Pelo menos, eu e a gente do meu tipo, como a senhora acabou de falar, respeitamos o próximo. Porém, quanto a você... Só quero lhe informar preconceito racial é crime e, se a senhora continuar, chamarei a segurança.
Ela os olhou de cima a baixo e disse:
— Eu é que deveria chamar a segurança e dizer que estou sendo incomodada por dois negrinhos, não sei porque vocês estão aqui nessa agência.
O outro rapaz diz:
— Chega! Segurança!
Um dos seguranças aproxima-se:
— Posso ajudar?
— Essa senhora está nos discriminando por sermos negros e, agora a pouco, chamou-nos de negrinhos e negros sujos. Acho que ela não sabe com quem somos.
— Senhora, você sabia que eles são os donos do banco? Agora, a senhora terá que nos acompanhar até a delegacia.
Ela, com uma cara de impressionada e totalmente sem graça, pede desculpas:
— Me desculpe, senhores. Eu não sabia.
O segurança leva-a para a delegacia, e os rapazes continuaram conversando:
— Quando este preconceito vai acabar?
— Enquanto existir pessoas assim, continuaremos lutando para conseguirmos ser respeitados.
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